Uma nova teoria apresentada pelos cientistas Dorian Abbot e Eric Switzer da Universidade de Chicago pode dar uma sacudida na concepção atual das condições ideais para a formação da vida. Eles afirmam que a água líquida, necessária para a criação da vida, pode ser mantida nesse estado mesmo em planetas que não estão gravitando a órbita de nenhuma estrela.
Mais ainda, esses planetas errantes poderiam agir como “meio de transporte” para levar vida para outras partes da galáxia.
Esses viajantes podem surgir à partir de uma colisão gravitacional com outros planetas (ou estrelas) que os tira de suas órbitas originais. Mesmo assim, no frio do espaço, esses planetas poderiam continuar quentes o suficiente por causa da diminuição de elementos radioativos nos seus núcleos, segundo mostram os cientistas.
Planetas rochosos com uma massa similar à da Terra, por exemplo, poderiam se manter quentes o bastante para manter água líquida por baixo de uma grossa camada de gelo por mais de um bilhão de anos. Já um planeta com a mesma proporção de água existente na Terra, mas com uma massa 3,5 vezes maior do que a do nosso planeta poderiam ter água líquida na superfície.
No caso de um planeta com 10 vezes mais concentração de água do que a Terra o efeito poderia acontecer, mesmo se esse planeta tiver um terço da massa do nosso mundo.
Cientistas como Lisa Kaltenegger, do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian, recebem a ideia como algo interessante, mas apontam que uma confirmação da teoria só poderia acontecer “se nós conseguíssemos pousar num planeta como esse”.
Fonte: New Scientist
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